quinta-feira, setembro 21, 2006

9 de janeiro de 2002...

"Há dias e dias. Dias em que você sente aquela alegria sem razão nenhuma. E dias em que você sente aquele aperto no peito como se não coubesse tanta coisa em um pedaço de carne e um projeto de vida.
Anda difícil escrever como antes. As palavras corriam de meu cérebro para minhas mãos em um instante e meus pensamentos atropelavam minha desajeitada escrita, jorrando versos e ideais de uma alma em expansão. Aonde anda essa alma agora? Não há mais um novo mundo mostrando sua inocência e contradições, sonhos e possibilidades. Hoje existe a realidade, esperando que eu dê meu passo e admire estupefata suas conseqüências. Hoje há uma alma que procura seu lugar no mundo, uma alma que não quer deixar sua cadeira vazia, que deseja ser lembrada com saudades nos corações de quem a conheceu. Há hoje o elo perdido do espírito do mundo. Fecharam as portas dos jardins do paraíso e abriram caminho para um individualismo egoísta. E quem irá se arriscar a percorrer os tortuosos caminhos da verdadeira felicidade, da paz, do amor, da humildade? Quem se dispõe a ser apedrejado, crucificado, esquecido? Quem ama suficientemente esse mundo distorcido, deturpado? Quem ainda consegue ver o amor, a esperança nos corações de poucos que ainda se lembram do paraíso perdido? Quem tem forças para se levantar e fazer o que poucos ousaram fazer em nome de algo maior, em nome da felicidade do todo? Todos nós."

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