Do que ainda resta em mim...
Chega mais
Meu amor,
Preciso te dizer uma grande verdade: sobra, com o tempo, cada vez menos de nós em mim. Não não. Eu ainda consigo sentir teus cheiros se fechar os olhos e pensar com força. Outro dia mesmo te vi ao meu lado dormindo e ouvi teu suspiro frágil ao se remexer na cama, como sempre fizeste, sem nem ao menos estares ali, como coisa viva e real. Mas de vivo e real só havia eu. Eu que agora me reviro com sonhos outros onde tu já não moras. Visitas, mas com menos frequência.
O verão aqui já superaquecendo Porto Alegre, avermelhando as cicatrizes aquelas que tu conheces bem, e as recordações de ti meio tépidas, amornando à temperatura do corpo, enquanto arde todo o resto. Se querias saber de mim, estou bem. Pensando cada vez menos em ti.
Largar da memória de quem se amou (eu já não uso mais o presente, percebeste?) é uma prisão privilegiada dos que se entregaram até o fim. A gente se prende àquele sofrer porque é uma forma de perpetuar o relacionamento. Assim eu fiz contigo estes três anos desde a nossa separação, me grudei ao que eu sentia por ti por não saber viver diferente, por achar que nunca mais poderia ser bom, que já não havia mais a possibilidade de ver o mundo em câmera lenta ao me apaixonar. E se há alguém, Deus ou que nome tenha, que comanda de longe a vida da gente, espero que Ele esteja só esperando para apertar a tecla slow motion de novo.
Pois hoje, sem nem mesmo saberes, eu oficialmente dou um belíssimo pé-na-bunda do que resta de ti em mim.
Vá com Deus.
Preciso te dizer uma grande verdade: sobra, com o tempo, cada vez menos de nós em mim. Não não. Eu ainda consigo sentir teus cheiros se fechar os olhos e pensar com força. Outro dia mesmo te vi ao meu lado dormindo e ouvi teu suspiro frágil ao se remexer na cama, como sempre fizeste, sem nem ao menos estares ali, como coisa viva e real. Mas de vivo e real só havia eu. Eu que agora me reviro com sonhos outros onde tu já não moras. Visitas, mas com menos frequência.
O verão aqui já superaquecendo Porto Alegre, avermelhando as cicatrizes aquelas que tu conheces bem, e as recordações de ti meio tépidas, amornando à temperatura do corpo, enquanto arde todo o resto. Se querias saber de mim, estou bem. Pensando cada vez menos em ti.
Largar da memória de quem se amou (eu já não uso mais o presente, percebeste?) é uma prisão privilegiada dos que se entregaram até o fim. A gente se prende àquele sofrer porque é uma forma de perpetuar o relacionamento. Assim eu fiz contigo estes três anos desde a nossa separação, me grudei ao que eu sentia por ti por não saber viver diferente, por achar que nunca mais poderia ser bom, que já não havia mais a possibilidade de ver o mundo em câmera lenta ao me apaixonar. E se há alguém, Deus ou que nome tenha, que comanda de longe a vida da gente, espero que Ele esteja só esperando para apertar a tecla slow motion de novo.
Pois hoje, sem nem mesmo saberes, eu oficialmente dou um belíssimo pé-na-bunda do que resta de ti em mim.
Vá com Deus.
Faz um pouco menos que 3 anos, ainda penso um pouco mais do que eu queria e ainda não consegui dar o 'pé-na-bunda' do que resta dele em mim, mas falta muito pouco...
P.S.: Se já não bastasse ele ter escrito tudo o que eu gostaria de ter dito, a música deles também é a minha, mas só minha...

3 Comments:
Gostei tanto deste texto :)
Um "desabafo de memórias" em que ele fala para o seu amor tudo o que sente e sentiu na alma e fisicamente.
Divino este texto, Ma:)
Jinhos **
Olá MA, tudo Bem? O seu blog continua em alto nível. Vim desejar a uma das minhas primeiras leitoras um 2007 repleto de felicidades, sucesso e realizações. Fique em Paz e com Cristo no coração.
Uilians Santos
sem comentários, tb gostei muito desse texto qdo o li pela primeira vez e eu estava guardando ele p/ postá-lo qdo me sentisse preparada embora já desejasse a mais tempo fazê-lo...
bjinhos pra ti!
uilians, como é bom te ver de novo por aqui! estou em falta contigo pois não visito seu blog já faz um tempo. vou passar agora lá pra te deixar os votos p/ 2007!
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