sexta-feira, dezembro 01, 2006

Tic tac

A impressão atual é de que os minutos se arrastam indo contra a correnteza dos segundos que transbordam da fonte do tempo. Contra-senso? O tic tac inexistente dos relógios modernos me assombram, a noção da temporalidade assume nova forma com o passar dos anos cada vez mais rápido. Mas como se as horas se estendem pesadamente?
Talvez o que realmente é assustador seja o tic tac dentro da minha cabeça que assume o som do tempo exterior, convenção tacanha de uma dimensão intocável: o tempo. Confundem-se as diversas impressões e encontro-me no meio, mergulhada no torpor dos dogmas mundanos, adormecendo lentamente ao som do pêndulo que se move para lá e para cá... As vidas são embaladas por esses sons e talvez a liberdade seja reconhecida com a independência a tirania do escorrer da areia, da sombra formada com o mover do sol, do soar dos sinos, das horas... Hora de acordar, comer, trabalhar, estudar, conversar, descansar, sonhar, dormir... Horas... Quantas horas somos capazes de criar ao som do tic tac ao fundo impulsionando-nos a cada vez mais horas, hipnoticamente esquecendo de manter a única hora necessária para nós, a hora magna – a hora de viver – estabelecida em um ínfimo momento independente a consciência da nossa existência, ao tempo, ao espaço, a tudo criado por nós...
Durante um breve intervalo a impressão atual é de que os minutos voltaram ao seu fluxo normal...
Mas o que é o tempo?

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Acho que nós definimos o tempo como queremos. Mais um dos teus brilharetes :)

5:15 PM  
Blogger ma said...

exatamente... pq a definição exata de tempo é muito difícil p/ nós... na verdade é difícil a definição exata de muitas coisas...
mas a questão é: o q é brilharete??

7:45 PM  

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