sábado, dezembro 02, 2006

30 de novembro de 2006

Apesar de concordar com o texto sobre saudades de que dói a ausência, o não saber, descobri hoje, ou melhor, aceitei definitivamente, que dói mais em mim a saudade do que poderia ter sido... Saudade sim, porque quando é feita uma escolha surge um mundo de 'ses' que seguem uma existência paralela a que passamos a viver. Se tivéssemos dito um sim ao invés daquele não fruto da dúvida da estabilidade daquela relação, da continuidade daquela situação...
Sim, eu sei que não se vive enquanto continuamos presos ao passado, que não se pode pensar e se prender as possibilidades perdidas pois elas não existem mais, mas como se livrar de um mau hábito, de um vício?
Dos piores hábitos que eu poderia manter, gostar de você é o que mais me consome. Pela minha insistente incapacidade de te abandonar no meu passado, pela minha mania de te procurar inconscientemente e o pior de tudo, conscientemente. Pela minha decisão nunca definitiva de desistir de nós dois, por nunca conseguir seguir vivendo sem olhar para trás. E mesmo escutando meus pensamentos digerindo suas palavras e gritando a plenos pulmões "Não me tomes como um hábito!" continuo nessa espiral de vícios, pragmatismo, desconfiança, descrença, racionalidade, explicações, controle, eu...
Sim, o problema sou eu, com todos meus erros e minha estupidez lógica na crença de que posso controlar meus sentimentos... E sim, eu sei que não conseguirei manter nada na minha vida enquanto não for capaz de abandonar meus velhos hábitos, e isso inclui você.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

lindo...simplesmente lindo!
Era tão bom que podessemos controlar os nossos sentimentos....não é possivel! Navegamos à maré das suas suadades, dos seus desejos, dos seus "ses".
Também eu gostaria de me livrar desse vicio que me prende ao passado e não me deixa respirar, viver, olhar, senão tempos idos. tempos que não voltam (por muito que nos custe a aceitar!)
bjinhos.

9:19 PM  
Blogger ma said...

seria bom msm... mas ao menos podemos tentar mudar em nós o q não nos faz bem...
bjos pra ti!

2:07 PM  
Blogger Apple said...

e quando, mesmo com a distÂncia, a saudade, a dor, até a consciência do fim, tudo permanece a pairar ao nosso redor, como uma presença quase palpável?
Não há retorno, mas tb não há fim absoluto...é um impasse, como se tivessemos ficado fechados dentro de um espaço e de um tempo que não nos deixa recuar nem avançar...

8:40 AM  
Anonymous Anônimo said...

Eu não gosto da palavra SAUDADE, é nostálgica, provoca dor, sente-se falta...mas o teu texto, não deixa de ser encantador :)

Bj**

5:13 PM  
Blogger ma said...

apple, sinto-me assim já faz algum tempo... e é justamente isso q incomoda, a constante sensação do fim q nunca chega... e eu sei q p/ acabar c/ isso tem q ser uma iniciativa minha... pq é tão mais fácil colocar a culpa do impasse na ação dos outros...

sem comentários, eu gosto da palavra saudade mais do q qq outra... talvez por isso q ela sempre apareça por aqui!!! acho q td o q vem com ela acaba permitindo q eu escreva certos textos q me fazem bem...

bjos pra vcs!!!

8:28 PM  

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