quarta-feira, outubro 04, 2006

Dos temores...

"Seu corpo não conseguia acompanhar sua mente, e sentia as conseqüências. Desejava não ter corpo na maior parte do tempo, achava desnecessário. Era peso morto, constantemente carregado precisando ser mantido, cuidado. E dificultava o ato de pensar. Queria se prender somente a criação, pura e simples. Nada de exteriorizar, registrar, demarcar um espaço para o que não assume localização exata. Existir somente, sem explicações. Outra tentativa vã... Inútil desejar qualquer coisa. Ultimamente, tudo era inútil... Eram seus pensamentos assumindo formas, ganhando denominações, pesando sobre seu corpo. Névoa formada ao seu redor, densa, tensa, ar gélido penetrando os pulmões, tornando o corpo e a alma cada vez mais frios, tão real que teme esticar os braços e sentir que tocou um muro intransponível. Temia descobrir que aquele obstáculo intransponível era ela..."

2 Comments:

Blogger Mocho_ao_Luar said...

hummmm compreendo o ponto de vista! mas, o corpo é um meio de exteriorizar essas ideias, esses momentos craitivos (ai est+a metade da piada...eu acho).
Muitas vezes o maior obstáculo para concretizar algo somos nós mesmos, concordo!

8:21 PM  
Blogger ma said...

entendo o q vc quis dizer, mas às vezes os pensamentos vão tão longe e atingem lugares tão remotos q o corpo acaba se tornando uma limitação, trazendo esses pensamentos de volta p/ o corpo, tornando-os pesados p/ esse mesmo corpo sustentar...

9:32 PM  

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