sexta-feira, março 30, 2007

Da distância...

... do espaço e do tempo, passado, presente e futuro, que o corpo reconhece mas que a mente insiste em negar.

... dos dias que já fazem parte da memória, como um sonho bom de um tempo que não volta mais.

... dos corpos que já foram unidos por ínfimos instantes diante de uma vida, que não se encontram mais, mas que ainda estão marcados pelo que foi.

... que (não) existe.

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quinta-feira, março 29, 2007

Algumas considerações... (4)

Não sei que facilidade é essa que eu tenho de criar hábitos, mas o fato é que durante esses dias (praticamente uma semana) eu senti muita falta de visitar os blogs dos amigos e de responder os comentários daqui, cujas palavras sempre me deixam muito feliz.

Beijos para todos!

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terça-feira, março 27, 2007

Do relembrar...

... as lembranças mais doces, as não tão doces, as amargas dos momentos passados.

... um tempo que não volta mais, uma parte de nós que não existe mais.

... uma música que há muito tempo não se ouve, uma sensação que há muito não se tem, um cheiro que há muito não se sente, que marcaram um determinado período de nossas vidas.

... o que um dia fomos.

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sexta-feira, março 23, 2007

Avisando (com um certo atraso)...

Como meus fins de semana atualmente se resumem a terminar meu projeto final de curso, minha semana está cheia de trabalho, estudo do mestrado, gastrite, exames e o computador do trabalho não abre as páginas de comentários dos blogs fica aqui o pedido de desculpas (atrasado) para todos já que ando 'sumida' esses dias... :(

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Do lembrar...

... os bons momentos, os não tão bons, os que nos tornam pessoas melhores e os que nos tornam não tão melhores quanto gostaríamos de ser.

... das quedas e do levantar, árduo e dolorido, dos sonhos que se desfizeram com o passar dos anos, da infância deixada para trás e que retorna de quando em quando.

... do cheiro das árvores no jardim, do vento balançando as roupas no varal, da nostalgia dos anos que não voltam mais.

... de ti.

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quinta-feira, março 22, 2007

Do esquecer...

... as mágoas, as desavenças, as discussões, as palavras ditas duramente, os olhares frios, a dor das lembranças mais tristes.

... os momentos mais pequenos e mais completos, e que tentamos em vão guardar na memória saturada de instantes dispensáveis.

... uma parte de nós que não nos torna melhores, e que deveria ser confrontada para transpô-la definitivamente.

... de si.

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terça-feira, março 20, 2007

Algumas considerações... (3)

"- Por que quanto menos a gente quer mais a gente cria expectativas em relação a certas coisas?

- ..."

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Música (com texto de fundo - 1 ou 89?)

The Space Between (Dave Matthews Band)

Para acompanhar o post da Apple de ontem: Música (sem textos de fundo - 89).

Porque ontem senti vontade de escutar essa música de novo...


P.S.: A letra da música vocês encontram lá no blog da Apple (ficou faltando o link dela para postar aqui pelo youtube).

segunda-feira, março 19, 2007

Do recomeçar...

... um novo dia, um novo ano, uma nova fase, uma nova vida, uma nova existência, a partir dos erros e dos acertos, das realizações e das desilusões, de tudo e de nada.

... quando é preciso, necessário e urgente, enxergando o mundo com um outro olhar.

... em cada gesto, pensamento, esperança, desejo, vontade, ação e reação.

... como uma possibilidade latente em cada um de nós.

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sexta-feira, março 16, 2007

Minhas sinceras desculpas...

... por pegar emprestado a idéia da apple , mas não podia deixar de postar essa frase depois de a ter lido essa manhã enquanto ia de metrô para o trabalho:

"É impossível não acabar sendo do jeito que os outros acreditam que você é."

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quinta-feira, março 15, 2007

Tentando esclarecer... Ou não...

Certas coisas só fazem sentido na minha cabeça, como a maioria dos meus pensamentos, então se você não entendeu nada desses dois últimos posts, não se preocupe...

A louca aqui sou eu mesmo...

Ponto Final

só para constar...
porque eu tenho essa necessidade de deixar as coisas registradas, talvez para não dizer mais tarde que eu não me lembro e voltar atrás nas minhas decisões...

quarta-feira, março 14, 2007

Na caixa de email...

Apego e Desapego

POR DR. JOU ELL JIA*

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu? A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar. Mas eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá .."

QUANDO LI A MATÉRIA no jornal, o trecho da música do Chico Buarque saiu do meu subconsciente e ficou rodando na minha cabeça pelo resto do dia. A matéria era sobre as pessoas que perderam suas casas em volta daquela enorme cratera no metrô de São Paulo. Muitas não puderam voltar para resgatar imagens de santos de devoção, fotos, cartas ou o relicário ganho de presente de casamento há cinqüenta anos. Havia depoimentos dessas pessoas somados a relatos de ex-moradores do Palace 2, aquele prédio que há alguns anos desabou no Rio de Janeiro. Algumas pessoas morreram porque voltaram para buscar objetos pessoais. Pergunto-me o que valeria a vida toda. Documentos? Roupas?

Aquele vídeo do casamento? Um quadro muito caro? Não me decido. Lembro-me então de outra notícia de jornal. Uma das atrizes do seriado americano Lost teve sua casa incendiada em Honolulu, no Havaí, logo no começo de janeiro. Perdeu todas as fotos de infância, os glamourosos vestidos de noite de gala, os diários de infância, os primeiros móveis comprados com dinheiro próprio e, certamente, alguma carta de amor. Quando perguntada sobre como estava se sentido, disse: pura.

Não me pareceu uma sentença religiosa e sequer soou como demagogia barata. Ela explicou ao repórter que depois da fase de sofrer muito, chorar e lamentar cada coisinha perdida, entendeu que aquele fogo significou um ritual de libertação. Uma maneira de entender que os ciclos da vida se fecham e que tudo é transitório. Mesmo que a gente evite acreditar nisso.

Penso em quantas vezes nós agimos assim, tentamos reter um momento específico à nossa volta, seja uma pessoa que nem nos faz mais tão felizes, ou uma caixa cheia de passado. Não que isso seja algo condenável. É apenas humano. E, às vezes, doloroso. Você já parou para pensar nisso? Já olhou naquela parte de trás do armário, onde guardamos as caixas com conteúdos que, pensamos, uma hora ou outra podem servir para alguma coisa, mas que, na verdade, nunca mais são olhados e, quando são, é apenas para lágrimas minúsculas?

O que tinha lá? Por que estava lá? O que é usado e nos faz feliz, fica à mostra na estante, na sala, no sorriso. Como no trecho do poeta Antônio Cícero "Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado."

A sensação de apego - por objetos, pessoas ou lugares - é uma prisão voluntária onde entramos para sentir segurança. Mal lembrando que o balanço é o mais forte alicerce que tem neste mundo. Claro que não podemos viver soltos, sem lembranças, ou raízes. Mas é preciso encontrar uma medida, um ponto de equilíbrio entre o que foi e o que será. Porque não podemos controlar a roda da vida. Ainda bem.

*médico de formação clássica e professor de medicina tradicional chinesa.

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terça-feira, março 13, 2007

Do divagar...

... momentos antes de ser abraçado por Hypnos e Morfeu, anestesiando a realidade maçante.

... durante uma conversa, um instante no meio da rotina do dia, uma tarde inteira, alguns minutos no meio da estrada, entre uma desilusão e outra, entre uma vida e outra.

... que nos torna mais humanos, que nos torna mais vivos.

... que nos permite fugir de nós.

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segunda-feira, março 12, 2007

Intervalo...

Encontrei esse vídeo sem querer. Essa já foi uma das minhas músicas preferidas. Fica aqui para compartilhar com vocês...

Do pensar...

... que muitas vezes dificulta as ações, as decisões e as posições que deveriam ser tomadas sem tantas ponderações.

... que nos permite viver em um universo (re)arranjado em uma espiral dançante de possibilidades, capacidades, sonhos, desejos, vontades e aprendizado.

... que nos diferencia e nos aproxima uns dos outros, em um fluxo e refluxo de idéias que formam as bases do que fomos, somos e seremos.

... o quê?

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quinta-feira, março 08, 2007

Algumas considerações... (2)

"- Fico a pensar em que momento surgiu essa necessidade humana de criar máscaras para conviver com as outras pessoas. Quantas versões nossas podem existir para cada parte de nossa existência? Qual delas é a real, ou seriam todas reais? Real ou verdadeira, que verdade pode estar contida em tantas ilusões?"

"- Você se reconhece ao se olhar no espelho? Pois eu constantemente tenho a impressão de estar vendo uma imagem comum aos meus olhos, mas não a conheço muito bem. Às vezes sinto-me como uma ilusão de ótica, tentando me enganar..."

"- Você nunca se perguntou a verdade contida na frase: Uma mentira dita mil vezes se torna uma verdade?"

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quarta-feira, março 07, 2007

Do aceitar...

... as vicissitudes, os contratempos, as promessas quebradas, a vida arrastada, os sonhos no chão.

... os erros demasiados, os vícios mal ditos, as possibilidades escorrendo de nossas mãos.

... o calor sufocante, as palavras sussurradas, os olhares oblíquos , as intenções e anseios perdidos.

... que não cobiçamos.

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segunda-feira, março 05, 2007

03 de março de 2007

Podia ver pela janela do carro em movimento na estrada para casa o eclipse lunar...

"Os pensamentos são coisas interessantes, e muitas vezes podemos encaixar fenômenos completamente independentes da nossa pequena existência na estrutura desses pensamentos, na busca de justificá-los ou floreá-los como bem quisermos, ou como nossa imaginação limitada nos permite."

Enquanto o carro avançava velozmente pelo asfalto parcamente iluminado, pela sua mente uma tristeza invadia cada frase que ia se formando e caía no abismo sináptico dos pensamentos jamais expressos...

"Sentia-se como a noite banhada pela escuridão resultante do eclipse tão esperado por todos, e que em outros tempos também teria esperado, mas que nem sequer havia lembrado. Sua mente era como aquela noite, escurecida pelos acontecimentos prévios, pelos anos passados, pelo dia cheio de expectativas que não foram preenchidas."

A lua se perdia entre um morro e outro, entre as luzes dos postes escassos, mais fortes do que o brilho opaco quase inexistente daquele fenômeno...

"Seus pensamentos também se perdiam entre um morro e outro, e a tristeza era a única coisa constante dentro daquele semi-corpo, daquela semi-existência. Tudo aquilo poderia ser justificado, todos aqueles sentimentos, toda a sua fraqueza, a inutilidade da razão diante das ações instintivas que os sentimentos humanos causam a todos."

Diante de tudo, de si e de seus sonhos aos seus pés, caídos no chão da realidade pungente, nenhuma racionalização fazia sentido, exceto uma, a que sempre era negada e esquecida para manter a ilusória sensação de que tudo poderia ser diferente...

"Sentiu-se como um cometa seguindo a escuridão lunar. À medida que o carro avançava para casa e afastava-se daquele lugar que um dia havia sido seu lar, seu porto seguro, moradia de suas certezas mais efêmeras, sentia que deixava para trás um rastro de poeira como um cometa, que vai perdendo um pouco de si enquanto avança rumo ao seu destino incerto."

Sim, era cometa, sem luz, sem brilho, sem a grandiosidade esperada por leigos e cientistas com seus olhos atentos para a cúpula negra estrelada. Era cometa de pé no chão e cabeça nas estrelas, sempre a sonhar que toda a sua lógica iria por água abaixo quando lhe provassem que a razão era apenas uma ilusão humana...


"Mas já era tarde para acreditar em sonhos pueris, era tarde para acreditar naquelas ilusões. Restava somente aquela certeza mais doída, a de que havia acabado, enfim."

Chegou em casa, mais uma das muitas casas em que já havia estado, mas era a sua casa, naquele instante, naquela fase da sua vida e naquela fase da lua. E a lua já estava cheia no céu, enquanto sua mente se enchia de novas esperanças para uma nova fase da sua vida...

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domingo, março 04, 2007

Do não gostar...

... das lembranças que surgem quando menos se espera, quando menos se quer, quando menos se precisa.

... do amargo na boca que fica quando não resta nada mais do que a certeza de que a vida nunca é como sonhamos ser.

... da falsidade, da desonestidade, da infidelidade, da traição, da desilusão.

... de nós.

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sexta-feira, março 02, 2007

Algumas considerações...

Dizem que sonhar com a própria morte significa que (in)conscientemente deseja-se mudar algumas atitudes e situações da sua vida...

Será???



P.S.:As outras considerações ficaram para depois...

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quinta-feira, março 01, 2007

Do aprendizado...

... apreendido ao passar dos anos, das perdas, das conquistas, das quedas e de todas as vezes que levantamos para seguir em frente.

... que acreditamos ter adquirido diante do tempo ilusório.

... que muitas vezes não é compreendido nem alcançado. Porque a gente não aprende, a gente se acostuma, e aceita.

... que gostaríamos de ter.

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