quarta-feira, janeiro 31, 2007

Esclarecendo...

Alguns posts abaixo ficaram um tanto quanto confusos, ao menos foi o que me pareceu de acordo com os comentários que vieram em seguida... Como pessoa extremamente saudosista que sou, esquecer alguma coisa sempre foi um exercício de grande dificuldade... Além disso nunca fui o tipo de pessoa que gosta de esquecer dos assuntos que tenham importância, pois sempre considerei que qualquer episódio, seja ele triste ou feliz, desagradável ou não, digno de aprendizado, enfim, tudo pode ser uma experiência válida dependendo de como você enxerga...

Então quando digo que estou tentando esquecer não estou falando de uma fase, algo ou alguém da minha vida mas certas coisas que foram construídas a partir disso... Certos pensamentos, certos sentimentos e certas ações que não me fizeram bem e os quais precisavam ser revistos e deixados de lado (ou não)... Como alguns velhos hábitos dos quais não nos orgulhamos e que dificultam o que não deveria ser tão complicado...

Não sei se consegui ser mais clara em relação a isso, mas agradeço os comentários e informo com todas as letras em itálico, caixa alta e sublinhadas de que atualmente encontro-me tão bem quanto não estive durante um bom tempo... Mais leve, mais livre dos meus próprios fantasmas que estão em repouso ao menos por enquanto...

E por incrível que pareça, sim, esse esquecimento forçado, esse abandonar, esse desencantar, esse superar faz com que doa menos...

Talvez seja apenas um ponto de vista um pouquinho mais diferente...

terça-feira, janeiro 30, 2007

Da série "escrita alternativa" (sabe-se lá que nº...)

depurar... faltar... andar... fazer... tempo... descansar... corpo... comprovar... louca... teoria... acostumar... brincar... sentido... mente... tudo... chegar... digno... analisar... constante...aprender... tirar... acontecer... redor... comigo... render... retornar... período... grande... movimentar... mínimo...raízes... não... ir... surgir... depois... ver... obrigar... aproveitar... cada...refletir... necessário... como... exercitar... qualquer... reaprender... além... meu... minha...permitir...


Minimamente refletida na necessidade do aprendizado ela costuma ser vista como louca diante dos corpos que criam raízes e se consideram dignos do descanso da mente... Todas as teorias seriam incapazes de comprovar o que já chega a ela como brincadeira... Permito-me analisar cada período em que ela surge buscando reaprender o que ela constantemente faz... Grandes acontecimentos movimentam-se ao meu redor e chega a faltar sentido em tantas obrigações que vão além da minha depuração... Rendo-me ao exercício de retornar a mim e aproveito qualquer porém tirando de cada depois tudo o que vou me tornar, não mais eu, mas ela com apenas alguns anos a mais...

segunda-feira, janeiro 29, 2007

(Re)começando...

Só para estreiar o fato de que o servidor do trabalho não está mais bloqueando o blogger... O que possibilitou a visita aos blogs dos meus amigos do outro lado do atlântico... :D

A semana começou bem!!!! Agora torcendo para que o pessoal aqui não volte atrás...

Para deixá-los com belas imagens no início da semana, vai a dica: Akiane




domingo, janeiro 28, 2007

Começando a semana...

... pois ontem enquanto íamos para a despedida de um amigo alguém começou a cantar essa música no carro.

... e assim como alguns cheiros e algumas músicas, me fez lembrar do que ando tentando esquecer...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Um bom fim de semana para todos!

Como a semana foi estressante e preciso recarregar as baterias para enfrentar a próxima deixo um vídeo para vocês, que aliás o sr. mocho está me devendo...
Ah, e deixo também o desejo de um ótimo fim de semana para todos!!!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Da falta de palavras...

"Haverá uma hora qualquer em que tu, entre o seio e a mão, me doerás menos. Talvez haverá mesmo uma hora qualquer em que tu não haverás mais de me doer, em que eu poderei sorrir descalça sobre as lembranças que irão perdendo o gume no rolar no tempo, uma hora na qual a mim será permitido encontrar-te sem que meu corpo se reconfigure ao redor do teu e minha pele não seja toda um livro de memórias. Quem sabe nessa hora, já livre dos arpões, eu não tenha mais nos olhos o perfume oco dos meus vazios e entre o seio e a mão possa florescer uma asa fugidia."


Ticcia



... pois que caminho lentamente rumo a esse momento que me parece cada vez mais próximo.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Na caixa de email...

O que é que ele vê nela?

E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?

Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.

Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.


Martha Medeiros

terça-feira, janeiro 23, 2007

Do dia de hoje...

"É como se a infância fosse um ponto de chegada absoluto, colocado no início, e que a tarefa da vida fosse manter uma fidelidade a algumas emoções existentes na origem. Assim, um fio solidário e secreto une a velhice com a infância. É o ancião que busca no olhar daquele menino uma forma de piedade para ler-se a si mesmo. É o menino, que pouco sabe da vida mas que compreende de antemão o essencial, se aproxima e acompanha o ancião na medida em que ele se aproxima da morte. Porque no fundo, o menino que fomos não está apenas no início, mas está nos esperando também no final."


Trecho do artigo de Enrique Valiente Noailles sobre o livro “As pequenas memórias” de José Saramago.

Tirado daqui...


...pelas muitas coisas aqui ditas.




Além da Apple:

"Sobram-me palavras e corpo, quando te procuro e percebo que já não estás..."


...por me fazer perceber as lembranças que a partir dessa manhã se estabeleceram no terreno do passado para não mais sobrar palavras e corpo.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Cenoura, ovo ou café?

Parece simples... né?
Mas não é...

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.

Seu pai, um chef, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.

A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.

Virando-se para ela, perguntou: -"Querida, o que você está vendo?" - "Cenouras, ovos e café," ela respondeu.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.

Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso. "O que isto significa, pai?"

Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.

A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.

Os ovos eram frágeis - sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara mais rígido.

O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.

Ele perguntou à filha: - "Qual deles é você, minha querida?".

Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha, torna-se frágil e perde sua força?

Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável, mas que depois de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?

Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo melhor ainda do que ele próprio?"

Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões. Cabe a nós - somente a nós - decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim. Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva. Mas você precisa acreditar nisso.

Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar este desafio. Espero que, nestas semanas que se seguem, quando lhe convidarem para tomar um café, você possa repassar essa história.

Uma vida não tem importância se não for capaz de imputar positivamente outras vidas".

O que você é : cenoura, ovo ou café?


Autor: desconhecido
(se alguém souber... a gente dá os créditos!)

Lembrei desse texto depois de ler o post da Apple...

sábado, janeiro 20, 2007

Por onde anda...

Senhorita com já se manifestou (ou melhor dizendo, já deixou seus argumentos) no blog...
A sem vira e mexe vem comentar alguma coisa...
Apple passa quase todos os dias aqui...
Mas por onde anda o sr. Mocho????

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Da série "favoritos"...

Trocando em Miúdos


Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu

Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças


Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter

Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu

Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.




Chico Buarque & Francis Hime



Apple, talvez esse seja outro exemplo de uma 'prova de inteligência e de coragem'...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Post de utilidade pública...

Depois de passar o dia inteiro tentando tornar o computador do trabalho que deixaram para mim um pouco mais 'utilizável' cheguei em casa e encontrei essa matéria sobre vírus na internet.


Hackers adotam nova técnica para enganar antivírus

"A firma de segurança Finjan alertou para uma nova técnica hacker que vem sendo chamada de "dynamic code obfuscation", algo como "ofuscação dinâmica de código" na tradução literal. A estratégia inclui novos métodos para confundir produtos de proteção como antivírus e antispyware.

(...)

Segundo o site IT News, como exemplo, o relatório da Finjan detalhou dois incidentes recentemente publicados de ataques hackers: um deles visando à enciclopédia virtual Wikipedia, e outro à comunidade virtual MySpace, duas boas amostras de como tecnologias da Web 2.0 poderiam ser indevidamente utilizadas para propagar vírus. (...)"

matéria do Terra

Por via das dúvidas não custa nada tomar cuidado.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Da série 'escrita alternativa' II...

Destiny

I lie awake
I've gone to ground
I'm watching porn
In my hotel dressing gown
Now I dream of you
But I still believe
There's only enough for one in this
Lonely hotel suite

The journey's long
And it feels so bad
I'm thinking back to the last day we had.
Old moon fades into the new
Soon I know I'll be back with you
I'm nearly with you
I'm nearly with you

When I'm weak I draw strength from you
And when you're lost I know how to change your mood
And when I'm down you breathe life over me
Even though we're miles apart we are each other's destiny

On a clear day
I'll fly home to you
I'm bending time getting back to you
Old moon fades into the new
Soon I know I'll be back with you
I'm nearly with you
I'm nearly with you

When I'm weak I draw strength from you
And when you're lost I know how to change your mood
And when I'm down you breathe life over me
Even though we're miles apart we are each other's destiny

When I'm weak I draw strength from you
And when you're lost I know how to change your mood
And when I'm down you breathe life over me
Even though we're miles apart we are each other's destiny

I'll fly, I'll fly home
I'll fly home and I'll fly home


Zero 7


Essa banda foi mais uma das dicas da sem e resolvi brincar com algumas das palavras da letra de Destiny.


É tarde para acreditar no destino, sonhar acordado, cair em si e ver que o passado não volta mais...

Ainda é cedo para uma nova vida, apesar de milhas distantes do tempo em que a lua desaparecia no céu e o dia respirava uma longa jornada que mal acabara de começar...

A fraqueza de outrora tornou-se força quando se perdeu somente o bastante para se sentir só e saber que pensar ter algo é o último passo para mudar o tão dito destino...

Agora perto é apenas mais uma palavra como longe nunca ousou ser, e em nada altera a nossa vida...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

O Plantão Diário informa II...

Estou começando a ficar mal acostumada... :D


Em outra edição extraordinária o Diário vem agradecer mais uma vez o post de hoje da sem-comentários.

Mas dessa vez com direito a ter 'bom gosto por música' e ser 'curiosa por tudo o que a rodeia'. Agora me diz: como é que ela sabe???? :P

Mais lisonjeada do que da última vez! Embora eu ache que o bom gosto dela por música é maior do que ela diz que eu tenho (afinal nossos gostos são muito parecidos...).

O que me faz querer compartilhar a ótima dica que ela me deu de um grupo do outro lado do Atlântico: Madredeus.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Aos bons amigos...

... a gente deseja muitas coisas boas. Entre todas elas hoje eu deixo o desejo de um bom fim de semana, seja ele...



sozinho...




muito sozinho...



ou acompanhado...


P.S.: Todas as fotos são de J.P. Trenque, mas baixadas do site da BBC.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

...

Hoje eu estou com um nó na garganta...
Não é a inflamação da gripe, não é o estresse de mais um dia de trabalho, nem sequer as poucas certezas e as muitas incertezas a latejar na minha cabeça...
É a visão de um mundo cada vez mais deturpado, cada vez mais distorcido...
São as imagens cruéis de seres que chamamos humanos...
É a tristeza de ver que assim como há tanta beleza nesse pequeno ponto azul chamado Terra também há...

...isso




e isso...


e isso...


e isso...


além disso...

... e muito mais.

Muito mais que vamos esquecendo com o passar dos dias, dos meses, dos anos... Que vão se tornando rotina e nos deixando um pouco mais insensíveis com o tempo...

E das poucas certezas que eu tenho uma delas é que não existe beleza nenhuma nisso...

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Subvertendo II...

A contra gosto

Aprendi a desesperar, a perder, a desistir, a capitular, a renunciar, a deixar partir, a dizer adeus, a soltar, a desculpar, a me despedir, a esquecer, a não lembrar, a sublimar, a transpassar, a superar, a desiludir, a entender, a desatar, a inabalar, a chorar, a sofrer, a me ferir, a disfarçar, a seguir, a desamar. Mas preferia não.

Ticcia. Em 02.08.2006.




Que no dia de hoje me fez encontrar as palavras (tortas, mas ainda sim palavras) que estavam em falta, perdidas entre um pensamento e outro...


Sobre a imensa capacidade de sublimar acerca do desespero de seguir tentando te esquecer, as lembranças voltam cada vez mais fortes...
Te deixar partir, dizer adeus, desculpar as falhas suas e minhas, soltar-me desses laços que me prendem ao passado faz parte do aprendizado, eu sei, mas contra a racionalidade transpasso e sigo como sempre...
É fácil de entender que me desiludo com mais uma queda, desato-me em lágrimas, a imagem superficialmente inabalável chora como uma criança e ferida tento disfarçar... Sofro com a desilusão de mais uma perda, mais uma renúncia de mim... Em vão tento me despedir de mais uma fase de minha vida...
Digo que estou a ponto de superar tudo o que passou... Mas você preferiria dizer que estou a um passo de capitular tudo o que vivemos e a ponto de desistir de tudo, de desamar...
Não... Estou a um passo de desistir de você... Porque desistir de mim, jamais...

terça-feira, janeiro 09, 2007

Travessia

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver


Milton Nascimento / Fernando Brant


Na voz de Elis Regina, tão perfeito quanto na voz do Milton.


Apple, essa é a música que eu canto mas bem baixinho para celebrar a vida aqui dentro...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para(a vida não para não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não...a vida não para)


Lenine e Dudu Falcão



O vídeo pode ser visto aqui... Embora o videoclip original seja tão bonito quanto a música, ele não está disponível no site...


Pela falta de palavras para descrever a situação atual...

domingo, janeiro 07, 2007

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure



Vinícius de Moraes


Um dos primeiros sonetos que eu conheci quando nem sequer podia compreender a complexidade do que Vinícius de Moraes estava a escrever...
Mas até hoje tenho a mesma sensação de quando o li pela primeira vez...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Intervalo...

"eu sou só um você
que você não quis
e querer é coisa tão pequena
que só não sou você por um triz"


Marcelo Camelo

Daqui



Além do texto dela.
Roubando as palavras de outra amiga, sem comentários...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

O Plantão Diário informa...

Em edição extraordinária o Diário vem agradecer ao post do dia de hoje da sem-comentários em resposta ao meu desafio.

Pena que eu não consegui escutar a música lá no blog... Mas o que vale é a intenção!!! E eu bem me senti lisonjeada!!!!!
:D

Das pequenas coisas...

Só porque ao falar do filme outro dia acabei lembrando de uma das minhas cenas favoritas...

"- I always feel like a freak because I'm never able to move on like this! You know? People just have an affair or even... entire relationships... they break up and they forget! They move on like they would have changed brand of cereals! I feel I was never able to forget anyone I've been with. Because each person have... their own specific qualities. You can never replace anyone. What is lost is lost.

Each relationship when it ends really damages me; I never fully recover. That's why I'm very careful with getting involved because...it hurts too much! Even getting laid - I actually don't do that. I will miss of the person the most mundane things. Like I'm obsessed with little things.

(...) little things. I think it's the same with people. I see in them little details so specific to each of them that move me and that I miss, and...will always miss. You can never replace anyone, because everyone is made of such beautiful specific details."


Script: aqui

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Tríptico

II

Não sei como dizer-te que minha voz te procura
e a atenção começa a florir, quando sucede a noite
esplêndida e vasta.
Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos
se enchem de um brilho precioso
e estremeces como um pensamento chegado. Quando,
iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado
pelo pressentir de um tempo distante,
e na terra crescida os homens entoam a vindima
- eu não sei como dizer-te que cem ideias,
dentro de mim, te procuram.


Quando as folhas da melancolia arrefecem com astros
ao lado do espaço
e o coração é uma semente inventada
em seu escuro fundo e em seu turbilhão de um dia,
tu arrebatas os caminhos da minha solidão
como se toda a casa ardesse pousada na noite.
- E então não sei o que dizer
junto à taça de pedra do teu tão jovem silêncio.
Quando as crianças acordam nas luas espantadas
que às vezes se despenham no meio do tempo
- não sei como dizer-te que a pureza,
dentro de mim, te procura.

Durante a primavera inteira aprendo
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço -
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega
dos meus lábios, sinto que me faltam
um girassol, uma pedra, uma ave - qualquer
coisa extraordinária.
Porque não sei como dizer-te sem milagres
que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
o amor,
que te procuram.


Herberto Helder


Daqui

terça-feira, janeiro 02, 2007

Da série 'lembranças'...

Pois nosso amigo Mocho estava a dizer sobre alguns vídeos de música que o agradavam e lembrei-me de um que gostava muito: Stand Inside Your Love

Seguindo a sessão nostalgia que o início do ano nos traz mas indo completamente fora do estilo do Smashing Pumpkins:

- An ocean apart da sequência inicial de um dos meus filmes favoritos;
- The Waltz na sequência final do mesmo filme.


Esse filme e o anterior a esse eram os meus simbolismos.


P.S.: Vocês perceberam que a última frase encontra-se no passado?
online